quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Futebol de Biguaçu está de luto

O futebol biguaçuense perdeu um grande jogador e amigo. Vítima de homicídio, o volante Cleilton Moraes de Melo, 22 anos, o Keke como era conhecido, festejava o réveillon na Avenida Nossa Senhora da Piedade, na Armação, quando levou dois tiros na testa depois de uma briga, por volta das 2h30. Ele foi levado a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Biguaçu com vida, mas faleceu pelo caminho.

Keke começou sua carreira no futebol defendendo as cores do colégio Incentivo, no Moleque Bom de Bola 2005. Lá, como capitão da equipe, ergueu a taça de campeão do Moleque. Um ano depois, quando a chegada do técnico Beline para comandar o BAC, Keke começou a treinar no clube, e com seu potencial, foi levado para fazer teste no Grêmio, de Porto Alegre. Mas ele quis voltar para Biguaçu, fato normal naquela idade. Mesmo com futuro promissor, Keke acabou optando por jogar as famosas ''peladas'' com os amigos.

Com 15 anos, Keke já brilhava nos gramados de Biguaçu
                   

No futebol amador de Biguaçu, foi campeão da Licob categoria júnior em 2011, defendendo o Biguá. Jogou também pelo BAC, em 2012, porém não teve uma boa temporada.

Keke era querido pelos amigos, pelo fato de ser muito extrovertido e companheiro, e por onde passava, alegrava as pessoas.


Abaixo, depoimentos de alguns dos vários amigos que conviveram com Keke:

''Quando começamos o trabalho no BAC, ele era muito falado em Biguaçu. Como projeto para captar atletas, pedi para me trazerem o atleta. Com apenas 16 anos, já vi o grande potencial do Keke. Tratei de agilizar um teste no Grêmio e o pai dele foi junto. No meu relatório, ele tratava-se de um volante de muita qualidade, forte nos desarmes, passes precisos, boa finalização, boa presença em bolas áreas e com uma dinâmica de jogo bem avançada. Por ter que sair de casa a exemplo de outros, ele preferiu vir embora, fato normal nessa idade.'' Beline Gonçalves, um dos primeiros treinadores do Keke.

''O Cleiton é aquele tipo de pessoa que ria de tudo pra fazer bem ao outro, se a piada era ruim ele ria, se era boa, ria ainda mais. Ele é aquela pessoa que tu quer sempre por perto. Ele deixa saudade não só como pessoa, mas como presença. É como se a gente fosse sentir mais falta dele, do que ele da gente.'' Patrick Martinez, volante, que jogou com Keke.

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